11 de jul. de 2014

Fronteiras

Sinto em meu coração,
Um vazio de inspiração.
Sinto-me angustiado,
Deprimido.
Olhando para trás:
Vejo dois "eus".
Um falante
E um pensante.

Ao longo do tempo,
Não me vejo mais tão falante.
E assim sinto-me um inútil pensante,
Caducando com meus pensamentos.

E tudo que penso,
Jogo ao vento,
Inútil.
Tomado pelo hábito profano,
De ser tão...
Inútil.

Apenas um mortal,
Desperdiçador de tempo,
Descontente com tudo e todos,
Desprovido de moral.

Moral: coisa tola,
Nos priva.
E pensar...
Que já pensei assim.
Fútil ferramenta,
Fronteiras.

Ando para o lado,
Desviando de artimanhas.
Armadilhas.
Fico em silêncio,
Tão só.
Mesmo que não.

Entrego-me às palavras profanas que vos digo.
Intrigando,
Informando,
Confundindo.
Sinto fome de utilidade,
Para meus pensamentos,
Que acabam,
Perdidos.

Apenas um mortal,
Desperdiçador de tempo,
Descontente com tudo e todos,
Desprovido de moral.
Fútil ferramenta,
Fronteiras.



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