23 de jul. de 2014

Há mais de dois mil anos.

Oh meu amor, 
Não chore.
Hoje não nos prendemos por obrigação
Fazemos isso  livremente,
e se eu o faço,
Tenho minha razão.
No passado a união era um grilhão,
Hoje..

Um grito de misericórdia,
Hoje  escora,
Amanhã torno-me escória. 
Sonhe comigo esta noite,
Sou seu principe.
Sonhe comigo amanhã,
Me torno da pior estirpe.

Sou um grande egoísta,
Você monoteísta.
Grandes hipócritas,
Mentiras,

Seres desprezíveis,
Estes humanos.
Perversos, truculentos...
 tão adversos
Desnaturados, desalmados...
Sei, sou teu inverso.
Terríveis e nefandos...
Sempre controverso,
Hereges.


Oh,
Sonhe comigo novamente.
Não sou assim tão ruim
Só não confio em ninguém,
Fora minha mente.


Hoje ninguém nos controla,
 Ninguém nos quer.
Sou um mago que sussurra em vossos ouvidos,
Heregias profanas.
Sumam daqui romanos imundos,
 Protestantes deem no pé.
Guardam notas alheias em vossos bolsos
E escondem nas piramides.

Torno-me desprezivel,
Sou um ser livre,
 Um anarquista atrevido.

Confie em  mim,
Não sou o melhor.
Mas minha honestidade, 
vem com fogo e jasmins.
Hoje o amor não é uma prisão,
 A libredade o clama.
Em poesias sem fim.
Hoje não existe ninguem maior,
 Nenhum dos deuses ousará nos impedir.
Seus vigários iram fugir,
Seu deus irá sumir.
Seu grande livro foi queimado,
E seu campeão, crucificado.
Por aqueles que hoje cantam,
Rituais perversos,
Lavagens cerebrais,
Bruxarias,
Puro marketing.
 Produzido na industria do medo,
Embalado pelas mãos da ignorância.

Escolas,
Igrejas
Presídios,
Indústria.
Seu sonho está concretizado.

Oh meu amor, 
Não chore.
Hoje não nos prendemos por obrigação.
Fazemos isso  livremente,
E se eu o faço,
Tenho minha razão.

Abra os olhos,
Seu Deus não está mais aqui.
Você não precisa fingir.
Tire sua mascara, 
Abra os olhos, e veja
Ele foi extinto.
Há mais de dois mil anos.








11 de jul. de 2014

Fronteiras

Sinto em meu coração,
Um vazio de inspiração.
Sinto-me angustiado,
Deprimido.
Olhando para trás:
Vejo dois "eus".
Um falante
E um pensante.

Ao longo do tempo,
Não me vejo mais tão falante.
E assim sinto-me um inútil pensante,
Caducando com meus pensamentos.

E tudo que penso,
Jogo ao vento,
Inútil.
Tomado pelo hábito profano,
De ser tão...
Inútil.

Apenas um mortal,
Desperdiçador de tempo,
Descontente com tudo e todos,
Desprovido de moral.

Moral: coisa tola,
Nos priva.
E pensar...
Que já pensei assim.
Fútil ferramenta,
Fronteiras.

Ando para o lado,
Desviando de artimanhas.
Armadilhas.
Fico em silêncio,
Tão só.
Mesmo que não.

Entrego-me às palavras profanas que vos digo.
Intrigando,
Informando,
Confundindo.
Sinto fome de utilidade,
Para meus pensamentos,
Que acabam,
Perdidos.

Apenas um mortal,
Desperdiçador de tempo,
Descontente com tudo e todos,
Desprovido de moral.
Fútil ferramenta,
Fronteiras.