20 de ago. de 2015

Triste



Triste,
Aonde vou,
É triste.

Caminho por um caminho,
Onde junto é sozinho.
Onde o tolo coração clama carinho,
E ao palpar a paixão,
Logo chora,
Sozinho.

O tesão de te ter,
Mesmo que de longe,
Faz feliz o meu coração ser.

Triste,
Aonde vou,
É triste.

O sonho de você ser,
Mesmo de longe,
Uma esperança;
Se tornam escuridão.

Venha,
Complete minha solidão,
Seja a mais bela visão.

Triste,
Aonde vou,
É triste.


São Paulo, vinte e um de Agosto de 2015.
Victor Mancilha.

2 de ago. de 2015

O Relógio



Caminho pelo tempo,
O passado: uma folha ao vento;
Folha esta que foi arrancada de um livro,
Cujo qual, vivi cada momento.

Solitário caminhante,
Seguido de perto por um fantasma errante;
Este que já fui eu, apenas me fita no espelho,
Amargurado, pois eu desisti de seus sonhos fracassados.

Passo a passo,
Segundo a segundo,
Ele me observa em cima do muro.

Um dia resolvi com ele conversar,
Meus motivos contar,
Sentei-me no muro e minha boca pôs-se a falar;
Ele sorriu e disse: também cansei de amar.

Horas sentados,
Anos passaram,
E mais um fantasma nos encontra em nosso altar;
Este sorri e nos diz: o relógio nunca para de andar.


São Paulo, dois de agosto de 2015.

Victor Macilha.

16 de jul. de 2015

O mais cruel dos venenos



Em tempos de solidão
Há tristeza em seu coração;
Desça o mais profundo que conseguir
E encontre a desolação.

Armada do mais cruel veneno,
Um sorriso;
Não pisque,
Ou será envenenado.

O mais cruel veneno,
Inveja;
Não pisque,
Você foi desolado.

Em tempos de solidão
Sorrisos quebram seu coração;
Soam tão perto,
Monstruosos;
Uma maldita canção.

Secretos suspiros viajam pelo ar,
àquele que já te fez respirar;
Um amar sempre acompanha um pesar,
Catastróficos sentimentos de medo e luxúria
persistem em nos acompanhar.


Ode àqueles que são imunes ao mais cruel dos venenos,
Que dá para tirar,
E tira sempre mais que dá;
Ode àqueles que são imunes ao mais cruel dos venenos,
O “amar”.





 Victor Mancilha,

Dezesseis de julho de 2015.