22 de fev. de 2015

Mellon

Ouço o eco de sua voz,
Fantasmas a te assombrar.
Sinto o toque de seu corpo,
Prestes a se afogar.

Não confunda, falo de ti.
Não temas, espero sorrir
Em nosso peito,
O medo a rugir.
Sou aliado,
Não precisa fugir.

Submersa,
Tão só, mesmo que não.
Adversa,
Confusa, na solidão.

Lembrai do dia em que o rio encontrou,
Um oceano profundo, e nele descobriu...

Mellon.
Duas eternas crianças com medo de crescer,
Dois amantes querendo viver.

Novamente você submerge,
Em seus pensamentos.
Enquanto subo aos céus,
E aprecio o vento.
Minhas asas não obedecem,
Pois o coração não se esquece.
Da amiga que encontrou,
Mas que sempre desaparece.

Não afunde no oceano,
Ele é belo.
Não sozinha,
Sou aliado sincero.

Ouço o eco de sua voz,
Fantasmas a te assombrar.
Sinto o toque de seu corpo,
Prestes a se afogar.
Não afunde sozinha,
Neste vasto oceano.
Posso te ajudar,
Mellon.


Victor Mancilha.
São Paulo, vinte e dois de fevereiro de 2015.

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